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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Homem Renovado





- Porque indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?

R. O Espírito prova a sua elevação quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.

(Questão nº 918 de “O Livro dos Espíritos”).

Comentando a questão, com segurança e propriedade, lembra Kardec que o “homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza”. E o generoso Emmanuel, em “Religião dos Espíritos”, acrescenta que o homem de bem é o homem bom, aquele que usa de compreensão e misericórdia para com o semelhante. Paulo de Tarso, por sua vez, torna a tese ainda mais formosa, afirmando que “o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtudes”.
Essa é, na verdade, a missão providencial do Espiritismo: moralizar o Homem, de modo a que ele possa contribuiu para a transformação da Humanidade. O Codificador, no item nº 350 de “O Livros dos Médiuns”, interroga: “De que serve ao avarento ser espírita se continua avarento?”
Levando o Evangelho ao entendimento do Homem, pelas bênçãos da Boa Nova, Jesus não só transformou a ríspida lei moisaica em fundamento maravilhoso de concórdia, como, também, consagrou na parábola da adúltera e terapêutica da renovação moral, incorporada definitivamente ao programa das instituições espíritas. Essas sociedades não julgam, não criticam, não olham para trás e não condenam os que tombam; mostram-lhes o Evangelho, falam-lhes sobre o livre arbítrio e recomendam-lhes que “não pequem mais”.
Com os olhos voltados para essa diretriz cristã, o Homem Renovado sente a necessidade de se emancipar das sombras, afinando-se com as leis morais anotadas na terceira parte de “O Livro dos Espíritos” e, de igual sorte, com os superiores ensinos evangélicos.
O Homem Renovado cuida, decorrentemente, de efetivar periódicos exames de consciência, através dos quais vai melhor conhecendo sua legítima posição evolutiva. Foge da reprovação, dispensa o louvor e evita o egoísmo, colocando os seus pensamentos e atos a serviço do Bem.
O Homem Renovado se debruça sobre novos caminhos, conduzido pela lógica de formosa filosofia, totalmente desprovida de exterioridades. E se embala na Verdade, uma vez que a ciência também lhe permite compreender a vida espiritual.
O Homem Renovado é venturoso porque aquece o coração com as excelsitudes da caridade, que ajuda ao próxima em utilidades, mas que ajuda, sobretudo, em tolerância e fraternidade.
O Homem Renovado caminha felicitado pela coragem. Sente-se balsamizado por aquela luz que tonifica os fracos, consola os sofredores e levanta os enfermos, com vistas à imortalidade. E ostenta afirmações de fé com lastro em obras de amor.
O Homem Renovado avança entoando louvores à vida, porque crê no continuado de encontrar Jesus no próprio coração e nunca o procurando nos altares de ouro dos templos perecíveis.
O Homem Renovado segue jubiloso, porque identificado com a “religião pura e imaculada”, a que se refere Tiago, e que consiste em “visitar os órfãos e os necessitados, guardando-se da corrupção do mundo”.
O Homem Renovado se considera bem-aventurado porque desfruta da paz cristã que lhe faculta vislumbrar, por antecipação, toda a beleza do plano espiritual.

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