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domingo, 31 de julho de 2011

Causa e efeito

 
Embora muitos de nós não entendamos o funcionamento das Leis de Deus, elas se manifestam a cada instante da vida, como mensageiras da Justiça e do Amor Divinos.
Aquele parente difícil, que nos exige constantes sacrifícios, pode ser o companheiro de ontem, a quem atraiçoamos e induzimos à derrocada moral.
A filha incompreensiva e rebelde pode ser a jovem que ontem nos amava, e a quem abandonamos, inclinando-a ao vício. Hoje ela retorna necessitada do nosso amor e da nossa compreensão.
Ontem colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. Hoje, talvez, o tenhamos de volta, na feição de esposo mandão ou de filho problema, para sorvermos juntos o cálice da redenção.
Ontem, esquecemos compromissos nobres, arrastando alguém ao suicídio. Hoje, possivelmente, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência. Hoje, moramos no espinheiro em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.
O marido faltoso de hoje é aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à mentira.
Assim, cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto, que encontramos na família ou na atividade profissional, podem ser forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho e dedicação ao bem.
Tenhamos sempre em mente que todos os delitos que cometemos não desaparecerão, no silêncio do túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e consequências.
Assim sendo, diante de toda dificuldade e de toda prova, façamos o melhor ao nosso alcance.
Ajudemos aos que partilham conosco as experiências, e oremos pelos que nos perseguem, desculpando todos aqueles que nos infelicitam.
A humildade é a chave de nossa libertação. Dessa forma, sejam quais forem os nossos obstáculos, lutemos por superá-los com dignidade e honradez. E não nos esqueçamos de que a conquista da nossa felicidade começa nos alicerces invisíveis da luta dentro do próprio lar.

sábado, 30 de julho de 2011

O zelador da fonte


 
Conta uma lenda austríaca que em determinado povoado, havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo Conselho Municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

O cavalheiro com silenciosa regularidade, inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca.

Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos.

Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina.

Rodas d'água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite.

As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando. Certo dia, o Conselho da cidade se reuniu, como fazia semestralmente.

Um dos membros do Conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte.

De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade.

E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

Seu discurso a todos convenceu. O Conselho Municipal dispensou o trabalho do zelador da fonte de imediato.

Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas.

Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura.

Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens.

O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d'água começaram a girar lentamente, depois pararam.

Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado.

O Conselho Municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido.

Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte.

Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d'água voltaram a funcionar.

Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso.
* * *
Assim como o Conselho da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.

Aqueles que se desdobram todos os dias para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas; os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.

Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.

Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.

Mas, sem seu trabalho, o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.

O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.

Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.

Dependemos uns dos outros. Para viver, para trabalhar, para ser felizes!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quando menos se espera

 
Em uma passagem do Evangelho, Jesus fala a respeito de inúmeras vicissitudes que atingiriam a Humanidade.
Ele menciona enganos e enganadores, boatos, discórdias e escândalos.
Mas assevera que quem perseverar até o fim será salvo.
A sabedoria das palavras do Cristo comporta aplicação nos mais variados contextos.
Elas servem à Humanidade como um todo, em sua marcha secular pela via do aperfeiçoamento.
Mas também consolam o homem comum, em seus problemas do dia a dia.
Muitas vezes, a criatura humana sente que lhe faltam as forças.
Seus problemas parece que se avolumam sem perspectiva de solução.
Ora é uma enfermidade que se prolonga.
Ou a solidão do coração que se arrasta por meses ou anos.
Pode ser um desemprego um tanto longo.
Ou dificuldades financeiras que persistem.
Em geral, as dores fortes e que passam rápido se afiguram mais suportáveis.
O genuíno teste para a resistência reside nas contrariedades que se prolongam.
As pequenas dores que insistem em permanecer.
As expectativas que parecem nunca se realizar.
Em face desses eventos críticos, o cristão necessita refletir a respeito da mensagem de Jesus.
O homem no mundo não sabe o dia e a hora em que seus testemunhos devem findar.
Por isso, incumbe-lhe perseverar e manter o ânimo firme.
Toda provação encontra seu término.
Por longa que seja a noite, o dia sempre termina por raiar.
Não convém que, no momento da redenção, a criatura em prova esteja amarga e desesperada.
A existência humana sempre comporta algumas agruras.
Entretanto, elas não constituem tragédia e nem crueldade da ordem cósmica.
Cada qual é testado conforme a sua capacidade de resistência.
Os testes que se apresentam têm relevantes finalidades, no contexto da existência imortal.
Após demonstrar sua constância no bem, mesmo por entre dificuldades, o Espírito torna-se confiável aos seres angélicos que lhe acompanham a evolução.
Então, pode ser selecionado para desempenhar missões de amor.
Essas missões o encherão de mérito, se bem desempenhadas.
Propiciarão que se liberte de dores e angústias, de modo definitivo.
Assim, importa perseverar.
O momento da redenção pode estar muito próximo.
Não se sabe o dia nem a hora, mas Deus nunca Se atrasa.
Quando menos se espera, Sua misericórdia se manifesta.
Aí as dores se extinguem, a solidão termina, o dia amanhece.
Para mais tarde não se envergonhar do próprio comportamento, convém se manter firme e esperançoso.
Afinal, quem perseverar até o fim será salvo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

DEUS CONTA CONTIGO



Ouço-te, às vezes, coração amigo,
Em torno ao bem, numa questão qualquer:
— “Farei... Conseguirei... Conta comigo...
Se Deus quiser, se Deus quiser...”

Mas não te alteres, a pretexto disso.
De segundo a segundo, estrada a estrada,
A Vontade de Deus é revelada
Em bondade e serviço.

Fita os quadros da gleba, campo afora:
Tudo o que existe, vibra, luta e sente,
Serve constantemente,
Dia-a-dia, hora a hora!...

De alvorada a alvorada, o Sol fecundo,
Sem aguardar requerimento
Garante sem cessar o equilíbrio do mundo
De seu carro de luz no firmamento.

A fonte, a deslizar singela e boa,
Passa fazendo o bem,
Dessedenta, consola, alivia, abençoa
Sem perguntar a quem...

Sem recorrer a humanos estatutos,
Nem a filosofias enganosas,
A laranjeira estende os próprios frutos,
A roseira dá rosas...

O lírio não se ofende, nem reclama:
Sobre a terra onde alguém lhe deitou a raiz,
Seja em vaso de estufa ou num trato de lama,
Desabrocha feliz.

Assim no mundo, coração amigo,
Faze o bem onde for, seja a quem for;
Em toda parte, Deus conta contigo
Na tarefa do amor.

terça-feira, 26 de julho de 2011

MENSAGEM

Bem-aventurados os que removem espinheiros, os que adubam terrenos ásperos, os que lavram o campo alegremente e semeiam nas leiras férteis partindo para a frente, entregando os resultados ao Senhor da Vinha!

Bem-aventurados os que se alimentam com o pão do espírito de serviço!

Bem-aventurados os que edificam as sendas do próximo, sem que o próximo lhes conheça a generosidade!

Inflamêmo-nos, ainda e sempre, no ideal de servir com o Senhor.

De muito pouca utilidade seria nossa adoração a Jesus, se não a convertêssemos em atividade laboriosa e fecunda, em benefício de nossos irmãos. Em todos os lugares, muitos ensinam com as palavras, entretanto, raros atendem ao espírito eterno.

Nos mais variados caminhos, a fome de esperança invade as almas sem rumo...

E as nossas experiências seculares representam dias de marcha na divina jornada para Deus! A todo instante, viajores incautos reclamam roteiros. Suplicam socorro os famintos, os sedentos, os imprudentes que gastaram sem propósito edificante os patrimônios sagrados. De quando em quando, surgem aqueles que lhes podem atender as rogativas, mas os donos transitórios do pão humano e os senhores dos roteiros intelectuais cobram a colaboração a dobrados preços de ouro. E, na maioria das vezes, a miragem surpreende os viajantes infelizes. Disfarçam-se misérias, dores e aflições, na convenção de mentirosos trajes.

É necessário que apareçam os semeadores do bem e os Samaritanos da fraternidade corajosos no sacrifício pelo desacordo com o mundo inferior e habilitados à cruz da redenção, suportando, com valor, o peso das responsabilidades tremendas, embora sintam, em torno, a crítica mordente e a ironia venenosa.

Compreendemos, portanto, a tarefa dos que se propõem às verdades divinas. Percorrendo os mesmos caminhos do Mestre, conhecerão imensas lutas, incompreensões ásperas e paisagens dolorosas... Todavia, o que repartem pela cooperação ser-lhes-á restituído em bênçãos, o que fornecem pelo conforto e esperança, receberão em energias, o que espalham pela fé ser-lhes-á devolvido em verdadeira e leal dedicação dos mensageiros da Divindade. Nos círculos mais baixos, trabalhos sacrificais e testemunhos angustiosos, mas, na esfera superior, realizações e forças novas; entre os homens ignorantes, espinhos e pedradas, entre os Espíritos Esclarecidos, a fé, a sabedoria e a experiência; nas ansiedades terrestres, desilusões e renovações, mas, na realidade celeste, edificação e eternidade.

Somos a corrente de trabalhadores dAquele que, até hoje, nos ensina constantemente a servir. Necessitamos, nós outros, de ruídos e palavras. Ele, porém, nos ajuda em silêncio. Sofremos e lutamos. Ele aperfeiçoa sempre. Por vezes a perturbação nos assedia o espírito. Ele, porém, é a Paz e a Harmonia Invioláveis.

Irmãos nossos muito amados, Jesus é o nosso Orientador Supremo.

Felizes de vós, toda vez que banhardes o coração nas águas cristalinas do Evangelho da Redenção. Edificante ser-vos-á a experiência humana, proveitosas ser-vos-ão as lutas, santificadoras as alegrias, abençoadas as dores, sublimes as renunciações, benfazeja a mão do tempo o doce ser-vos-á o despertar!

Unimo-nos, pois, em torno do Senhor e, cumprindo-Lhe a divina vontade, louvemos o Seu nome para sempre!

domingo, 24 de julho de 2011

A Paz Vencerá

Vivemos momentos cruciais no planeta, e muitos têm as suas convicções de justiça abaladas. Alguns descrêem da Providência Divina, acreditando que Deus perdeu o controle de sua criação.

Logicamente, esta é uma observação destituída de
razão, porque aquilo que parece falta de controle está debaixo de um rigoroso planejamento.

D
eus concede a liberdade para que o Homem possa crescer.

D
eus preside os destinos do Universo, e nós estamos inseridos nessa comunidade universal. Podemos parecer impotentes ante a sanha da violência, não só a do terrorismo, mas a do crime organizado, das quadrilhas de traficantes, dos crimes passionais, da miséria, da fome e até da violência doméstica e sexual. O que fazer?

Entreguemos nossas vidas e o nosso mundo a D
eus, mas não deixemos de fazer a nossa parte em prol do bem geral; pois, no mundo, somos instrumentos de Deus para a pacificação, para a justiça social e para o amor. Só assim o mundo terá sanidade.

Não importa o nome que damos a D
eus ou como o concebemos. O que importa, realmente, é que Deus não pode ser mau, protecionista, rancoroso ou vingativo. Concebemos Deus conforme nos ensinaram os espíritos: Inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas.

O Cria
dor deu a cada espírito o livre-arbítrio e uma meta a alcançar: a perfeição. Temos liberdade de agir como quisermos, porém somos responsáveis pelos nossos atos; o que equivale a dizer: somos livres para semear, mas somos obrigados a colher.

Toda essa onda de violências vai passar, e o mundo entrará numa era de paz e realizações. Corrigiremos as in
justiças, sanearemos a moral, acabaremos com a fome, e cuidaremos para que todos tenham o suficiente para viver com dignidade.

Este é o desafio que temos de enfrentar, mas com certeza venceremos.

sábado, 23 de julho de 2011

A ação da amizade

Vez que outra, é bom nos determos, por alguns minutos, para refletir um pouco sobre a ação da amizade em nossas vidas.
A amizade é o sentimento que une as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação, a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e as infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se enfraquecem no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada das pessoas que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, se apaga, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra o êxito, se avança com aridez na alma ou indiferente ao enlevo da sua fluidez.
Quando passam os impulsos sexuais do amor nos cônjuges, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões, dá-nos até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é a meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Esse Alguém

E suportas, sem pausa, alma querida,
Doença, inquietação,
infortúnio, tristeza,
No imenso desencanto da
alma presa
No grande espinheiral de
ansiedade e de dor...
Ninguém entende as lágrimas que choras,
Pois em tudo de
bom que o mundo te oferece,
Retiras tão somente o socorro da
prece,
Por doação de paz, no Céu, em t
eu favor.

Na vastidão da noite, entregue ao
pensamento,
O silêncio é uma farpa em que te cortas...
Ajuntas esperanças sem
imortas,
Sem que a memória as possa carregar...
Onde os t
eus sonhos? Onde os teus projetos?
Todos se foram sob a ventania
Da
provação que ruge e rodopia,
Extinguindo o
prazer e deixando o pesar.

Entretanto, não temas. Luta e segue...
Alguém te escuta e vê a presença sofrida,
Resguardando-te a
e amparando-te a vida,
Doando-te consolo, paz e luz.
Chora, sem atirar-te ao desespero,
Tolera a própria
dor, por mais estranha,
No apoio desse alguém que te acompanha,
Que esse alguém é Jesus.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Frases.


Se alguém te desfecha vibrações contrárias à tua felicidade, endereça a esse alguém a tua silenciosa mensagem de harmonia e de amor com que lhe desejas felicidade maior.
Paz e Renovação. Emmanuel

Despeito - um tirano oculto
Que faz vitimas sem fim.
Nos símbolos da Escritura,
A inveja matou Caim.
Trovas do Mais Além. Fidélis Alves

Dá de teu campo de amor,
Tanto aos santos quanto aos brutos,
As árvores não conhecem
Quem lhes colhe os próprios frutos.
Trovas do Mais Além. Fidélis Alves

Nunca admita que o bem possa ser praticado sem dificuldade.
Paz e Renovação. André Luiz

Quando o tédio te procura, vai à escola da caridade ela te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no coração, livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas vazias.
Coragem. Emmanuel

Não creias que possas desfrutar, em caráter permanente, de benefícios que não plantaste.
No Portal da Luz. Emmanuel

Felicidade é lavoura
Em que servir é dever
Tanto mais a gente planta
Quanto mais pode colher.
Trovas do Mais Além. Deraldo Neville

O trabalho digno é a cobertura de sua independência.
Sinal Verde. André Luiz

Amigo, você já reparou o efeito renovador de um sorriso?
Ideal Espírita. Valérium

Se você tem qualquer mágoa remanescente da véspera, comece o dia, à maneira do sol:
- Esquecendo a sombra e brilhando de novo.
Sinal Verde. André Luiz

Trabalho será sempre o prodígio da vida criando reconforto e progresso, alegria e renovação.
Coragem. Emmanuel

O braço sem capital -
Engelho que se amofina
O capital sem o braço -
Cachoeira sem usina.
Orvalho de Luz. Albérico Lobo

Na morte, convém saber,
É novo câmbio a seguir.
Quem guardou, toca a perder,
Quem deu, vem a possuir.
Orvalho de Luz. Américo Falcão

Amor puro,- dom perfeito,-
Não muda seja onde for.
Amor que morre no peito
No fundo não era amor.
Trova do Mais Além. Sabino Batista

Sempre que o espinho da maledicência repontar nas flores do entendimento amigo, procure isolá-lo em algodão de bondade, sem desrespeitar os ausentes e sem ferir aos que falam.
Sinal Verde. André Luiz

Não critique, auxilie.
Sinal Verde. André Luiz

Se tempestades sempre novas te vergastam a alma, continua semeando... E, se banimentos e solidão devem constituir a herança transitória do teu destino recorda o divino semeador que, embora piedoso e justo, preferiu a cruz por amor à verdade. E prossegue semeando, mesmo assim, na certeza que Deus te basta, porque tudo passa no mundo, menos Deus.
Ideal Espírita. Meimei

Quando a rosa se desabotoa na paisagem, não quer saber quantos espinhos se lhe cravam na haste; espalha perfume e beleza, atenta ás finalidades para as quais se vê nascida.
Passos da Vida. Emmanuel

No que tange a sofrimentos do amor, só Deus sabe onde estão a queda ou a vitória.
Sinal Verde. André Luiz

Lembra-te de que o débito da ternura e da gratidão jamais termina.
No Portal da Luz. Emmanuel

Sofremos, sim... Mas nem tanto...
A dor mais dura e feroz
É a dor do orgulho ferido,
Rugindo dentro de nós.
Orvalho de Luz. Eugênio Rubião

Apenas Deus pode julgar o intimo de cada um.
Sinal Verde. André Luiz

Alegria de uma casa
Tem este preço comum:
Um tanto de caridade
Da parte de cada um.
Orvalho de Luz. Múcio Teixeira

A humildade é um anjo mudo.
Sinal Verde. André Luiz

Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.
Coragem. André Luiz

Abriga-te na humildade,
Não busque mundana estima.
O ouro afunda no mar,
A palha fica por cima.
Orvalho de Luz. Regueira Costa

Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.
Sinal Verde. André Luiz

Quem diz que o tempo traz apenas ilusões é que não tem feito outra coisa senão iludir-se.
Sinal Verde. André Luiz

Tudo vence no caminho
Mesmo os empeços mais vastos,
Quem traz a cabeça nova
Em cima dos ombros gastos.
Orvalho de Luz. Teotônio Freire

Mero dever melhorar-nos, melhorando o próprio caminho em regime de urgência. Todavia, abstenhamo-nos do hábito de remexer inutilmente as feridas, alargando-lhes a extensão.
Paz e Renovação. Emmanuel

O amor verdadeiro auxilia sem perguntar.
Sinal Verde. André Luiz

Ciência clara do acerto
Enfeixada em nota breve:
Distinguir o que se pode
Daquilo que não se deve.
Trovas do Mais Além. Boris Freire

Ame sem exigências, aceitando as criaturas queridas como são, sem pedir-lhes certificados de grandeza.
Paz e Renovação. André Luiz

Dos conceitos sobre o amor
Tenho este por mais nobre;
Com amor o pobre é rico,
Sem amor o rico é pobre.
Orvalho de Luz. Toninho Bittencourt

Diante de quaisquer transes da vida, tudo venceremos se nos dispusermos a esquecer o mal, crer no bem e servir com amor.
Paz e Renovação. Bezerra de Menezes.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A benção do Perdão. !!!!!

Uma nuvem espessa pairava sobre a alma daquela mãe sofrida...
O seu jovem filho, criado com amor e desvelo, fora assassinado por um amigo dominado pelas drogas.
O desespero e a amargura eram suas companhias permanentes.
Os olhos fundos e a palidez denunciavam as noites de insônia e a falta de alimentação.
Uma amiga a convidou, talvez inspirada pela Providência Divina, a buscar ajuda do orador e médium espírita de extrema seriedade e profunda dedicação ao bem, Divaldo Pereira Franco.
Era início da noite na cidade de Salvador, no Estado da Bahia, quando as duas senhoras adentraram a casa espírita singela, onde o médium atende aqueles que o procuram em busca de consolo e esperança.
Divaldo percebeu que se tratava de um caso grave e atendeu aquela mãe prontamente, com grande ternura.
Aos poucos, a senhora ia contando o drama ocorrido, falando que um amigo do filho o havia alvejado por motivos banais, de ligeiro desentendimento entre ambos.
Enquanto a genitora narrava o seu drama, aproxima-se do médium a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis, trazendo o jovem assassinado, ainda convalescente, e diz a Divaldo para transmitir à mãe sofrida, algumas palavras do filho.
Naquele momento o filho, tomando emprestada a aparelhagem fonadora do médium, fala à mãezinha palavras de conforto.
Disse para que não cometesse o suicídio, como estava pretendendo, pois esse crime a afastaria ainda mais dele, e por mais tempo.
Pediu à mãe que se lembrasse da mãe do amigo que cometera o crime e agora estava detido pelas grades da justiça humana, numa cadeia, entre criminosos comuns.
Aquela mãe, sim, era muito infeliz, pois seu filho era o verdadeiro desgraçado e não ele, que agora estava sob o amparo de amigos espirituais atenciosos e fraternos.
Ao ouvir a voz inconfundível do filho querido, que julgava ter desaparecido para sempre, a mulher abraça com ternura o médium, por cuja boca se podiam ouvir as palavras amáveis e lúcidas do jovem assassinado.
Sob a inspiração da benfeitora do Além, Divaldo aconselha a mulher a considerar o estado de alma da outra mãe, da mãe do assassino, e pensar na possibilidade do perdão.
Na semana seguinte, quando o médium baiano se preparava para atender aqueles que o buscavam na singeleza da casa espírita, vê adentrarem a sala duas senhoras, pálidas e de aspecto sofrido.
Uma ele já conhecia, a outra lhe era estranha.
Quando chegou a vez de atendê-las, a mulher, que estivera ali na semana anterior, lhe apresentou a companheira, dizendo ser a mãe do amigo do seu filho.
O médium entendeu que ela havia seguido os conselhos ali recebidos e buscava ajudar aquela mãe mais infeliz que ela própria.
Conversaram por longo tempo.
Ao se despedir das duas senhoras, Divaldo percebeu que um raio de luz penetrava suavemente aquelas almas doloridas.
A luz do perdão se fazia bênção de paz e gerava serena harmonia naqueles corações dilacerados pela dor da separação dos filhos bem-amados, embora por motivos diversos.
Na medida em que o tempo foi passando, as duas mães encontraram motivos para voltar a sorrir, e juntas visitavam o jovem no cárcere.
Fundaram uma casa de recuperação de toxicômanos para ajudar outros tantos jovens a se libertar das cadeias infelizes das drogas.

Na barca do coração

Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...
Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: - Que dia!
Lembra-te...
Caía a tarde e a multidão ainda estava reunida na praia.
Desde que o sol surgira, Jesus atendera as incontáveis súplicas daqueles que O buscavam. Mãos e lágrimas roçavam-Lhe o rosto e a túnica - antes tão limpa e alva - e agora, toda manchada de lamentos.
Finalmente, chegara às margens do lago, vencendo a dor e as tristezas dos sofredores. Aqueles que O viram deixando atrás de Si um rastro confortador de estrelas, perguntavam-se: - Quem será este Homem, a Quem as dores obedecem?
O céu acendia as cores da noite quando a barca de Pedro recolheu a preciosa carga.
Jamais Jesus mostrara na face sinais tão evidentes de cansaço.
Acomodado sobre uma almofada de couro, Sua majestosa cabeça pendeu sobre o peito, como um girassol real despedindo-se ao poente.
Seus lábios deixaram escapar um longo suspiro antes de adormecer.
Seus amigos pescadores não ousaram perturbar-Lhe o merecido sono, manejando remos com cuidado, auxiliados pelos sussurros de doce brisa.
O lago de Genesaré assemelhava-se a gigantesco espelho de prata ao luar, tranquilo e sereno como o Mestre adormecido.
Faltava pouco para completar a travessia, quando tudo transformou-se.
O tempo irou-se, sem aviso. Adensadas, as nuvens de gaze leve tornaram-se tenebrosa tempestade, e o lago esqueceu a calmaria, encrespando-se, açoitado pelo vento.
Para a barca, vencer a tormenta era como lutar contra vigoroso e invencível Titã. Pedro usou toda a sua força e sabedoria nos remos, gritando ordens que se perdiam entre as gargalhadas dos trovões e dos relâmpagos.
Os discípulos assustados correram a acordar Jesus que ainda dormia.
Mestre! - Exclamaram em coro desesperado. - Perecemos! Jesus, assim desperto, levantou-Se prontamente, equilibrando o corpo cansado muito ereto, apesar da barca que por pouco não naufragava.
Sua majestosa silhueta parecia estar envolta em misteriosa luz, quando ergueu os braços, ordenando à tempestade:
Calai-vos! E voltando-se para os amigos: - Acalmai-vos! Homens, onde está a vossa fé?
Os ventos emudeceram e o lago baixou suas ondas, aplacado por misterioso imperativo.
Os discípulos olhavam-se, num misto de surpresa e alívio.
Envergonhados, voltaram-se para os remos. No compasso ritmado avançava a barca, ao compasso do coração daqueles homens que se perguntavam: Quem será este Homem a Quem os ventos obedecem?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Não passe recibo

Em cada momento da sua vida diária, você se verá a braços com desafios que exigirão muita prudência de sua parte, para que não se envolva em situações-problemas, muitas vezes difíceis.
Você sabe que a Terra vem passando por momentos graves em todas as áreas.
A violência tem se tornado a grande intérprete desses tempos planetários, já que sua proposta é de fácil aceitação pela quase maioria dos humanos, nos estágios em que se estagiam no mundo.
Se você estiver na rua, na condução, no lazer ou mesmo no lar, encontrará diversas pessoas, muitas delas companheiras suas ou familiares, cujos comportamentos, cujas posturas poderão lhe causar chateações, irritações, capazes de estimular seu lado frágil ou sua intolerância.
Tenha muito cuidado para não ser vítima do seu próprio temperamento.
Exercite-se na conquista da tranquilidade, acautelando-se contra a ira ou a revolta que podem apanhá-lo desprevenido.
A proposta escusa das equipes de Espíritos das sombras é converter a vida social da Terra num inferno verdadeiro, no qual cada pessoa não enxergue outra saída para os seus problemas, senão as de caráter violento.
Não morda essa isca. Procure manter ou desenvolver sua paciência.
Você ouvirá palavras ditas rudemente e outras, como afiado gume que lhe irão penetrando fina e suavemente, mas cujo objetivo é infelicitá-lo.
Verá em toda parte arrancadas bruscas de veículos em mãos nervosas.
Ouvirá palavrões estrondeando a sua volta. Deparará a provocação em forma de mau atendimento onde você paga e paga caro por qualquer serviço.
Você faceará a violência da calúnia, do mexerico, da zombaria e do desdém. Aprume-se no pensamento superior. Pense sempre em nível mais alto e não revide, não se deixe enredar.
Quando algo for muito forte para a sua sensibilidade ou para os seus nervos, afaste-se, física ou mentalmente, buscando nos ensinos de Jesus o amparo de que necessite.
Recorde o Mestre ao ensinar-nos a não contender com o mal.
Seja qual for a perturbação que ocorra a sua volta, mantenha-se em paz. Não tema carantonhas, não se agonize com ameaças. Não responda às agressões que serão apenas fogos cruzados. Não passe recibo às violências.
Se você obtiver êxito, sairá ileso desses pântanos viscosos formados pelos psiquismos doentes de vivos e mortos.
Caso morda a isca ao invés de morder a língua, guarde a certeza de que seus destemperos o aproximarão da cadeia, do túmulo ou de inabordáveis remorsos que não o deixarão viver em harmonia.
A determinação das sombras é fazer tombar, é atrasar ou impedir o passo de todos os que demonstrem possibilidades mais nítidas de união com Jesus.
Ore, policie-se, fale e aja da melhor forma, para que, em pleno incêndio moral no mundo, você se mantenha resguardado pela redoma da paz que vem construindo com seus esforços para uma abençoada passagem planetária.

domingo, 10 de julho de 2011

A OUTRA FACE



Considerando-se o estágio moral em que transitam incontáveis criaturas humanas pelos caminhos do planeta terrestre, ainda vivenciando os instintos agressivos, é compreensível que os relacionamentos nem sempre se realizem de maneira pacífica.
Predominando a natureza animal em detrimento da espiritual, o orgulho se arma de mecanismos de defesa, resultantes da prepotência e da argúcia, para reagir ante os acontecimentos ameaçadores ou que sejam interpretados como tais...
A ação decorrente do raciocínio e da lógica cede lugar aos impulsos agressivos, e estabelecem-se os conflitos quando deveriam vicejar entendimentos e compreensão.
Em razão da fase mais primitiva que racional, qualquer ocorrência desagradável assume proporções inadequadas, que não se justificam, porque os recursos morais da bondade sucumbem ante a cólera que se instala e leva à alucinação.
De certa maneira, remanescendo os comportamentos arbitrários de existências pregressas que não foram domados, facilmente a ira rompe o envoltório delicado da gentileza e acontecem os lamentáveis atritos, que devem e podem ser evitados.
A educação equivocada, que estimula o forte à governança, ao destaque, contribui para que a mansidão e a humildade sejam deixados à margem, catalogadas como fraqueza do caráter e debilidade moral.
O território no qual cada indivíduo se movimenta, após apropriar-se, é defendido com violência, como se a posse tivesse duração infinita, o que constitui lamentável equívoco.
Essa debilidade do sentimento se manifesta na conduta convencional do ser humano que opta por ser temido,quando a finalidade da sua existência é tornar-se amado.
Multiplicam-se, indefinidamente, as pugnas, que passam de uma para outra existência até que as Soberanas Leis imponham a submissão e o reequilíbrio através de expiações afligentes.
A lei é de progresso e, por consequência, a todos cabe o esforço de libertação das heranças enfermiças, dos hábitos primitivos, experienciando conquistas íntimas que se irão acumulando na estrutura emocional que se apresentará em forma de paz e de concórdia.
O conhecimento espírita,porque iluminativo, é omais eficiente para a edificação moral, defluente da conscientização de que o avanço é inevitável e a repetição das atitudes infelizes constitui estagnação e fracasso...
As dificuldades, portanto, as diferenças de opinião, os insultos e agravamentos devem ser considerados como experimentos, como testes ao aprimoramento espiritual, ao aprendizado das novas condutas exaradas no Evangelho de Jesus.
Quando isso não ocorre, fica-se sujeito à influência maléfica dos Espíritos inferiores que se comprazem em gerar situações embaraçosas, responsáveis por essas condutas lamentáveis.
Indispensável vigiar-se as nascentes do coração, a fim de dominar-se a ira, esta fagulha elétrica responsável por incêndios emocionais de resultados danosos.
Considere-se, ademais, a ocorrência de uma parada cardíaca, de um acidente vascular cerebral de consequências irreversíveis, não programados, mas que sucedem somente por falta de controle emocional, provocados pela raiva...
Aprende a dominar os impulsos da ira, porque a existência terrestre não é uma viagem deliciosa ao país róseo da alegria sem fim...
Esforça-te por compreender o outro lado, a forma como os outros encaram as mesmas ocorrências...
Luta por vencer a arrogância, porque todos os Espíritos que anelam pela paz, pela vitória das paixões têm, como primeiro desafio, a superação dos sentimentos inferiores, aqueles que devem ser substituídos pelos de natureza dignificante.
Se alguém te aflige, é porque se encontra necessitado de ajuda e não de combate, é a sua forma de chamar a atenção para a sua solidão e angústia.
Fogo com fogo aumenta o incêndio devorador.
Treina colocar no braseiro a água da paz e se apagarão as labaredas ameaçadoras.
Não foi por outra razão,. que Jesus propôs: Não resistais ao homem mau, mas a qualquer que vos bater na face direita, oferecei-lhe também a outra, conforme anotou Mateus, no capítulo 5, versículo 39 do seu Evangelho.
Esbordoado, no Pretório, Ele exemplificou o ensinamento verbal, não reagindo às agressões, quando os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na sobre sua cabeça... mantendo-se em silêncio...
Oferecer a outra face é mais do que expor o lado contrário, a fim de sofrer nova investida da perversidade.
Trata-se da face moral, nobre, que se encontra oculta, aquela rica de sentimentos elevados que distingue uma de outra criatura.
Ninguém é o que apresenta exteriormente, tanto existem conteúdos cruéis ocultos pela educação, pela dissimulação e hipocrisia, como sentimentos relevantes e bons.
Ao seres alcançado por qualquer ocorrência desagradável que te golpeie a emoção, ferindo-te a delicadeza das reservas íntimas, ao invés de reagires, desvela a outra face, a do amor, da compaixão, da misericórdia, agindo com serenidade.
A outra face é o anjo adormecido nas paisagens luminescentes do teu mundo interior.
Ali possuis tesouros de amizade e de ternura que desconheces.
Com essa, a brutal, a reagente, a defensiva, já estás identificado, devendo encontrar-te cansado de vivenciá-la.
Imerge, desse modo, no rio de águas silenciosas do teu mundo íntimo e refresca-te com o seu contributo. Logo depois, deixa que os tesouros do amor do Pai que se encontram adormecidos, fluam suavemente e se incorporem aos conteúdos habituais, substituindo-os ao longo do tempo e predominando por fim.
À medida que tal aconteça, renascerás dos escombros como a Fênix da mitologia, que se renovava e renascia das cinzas que a consumiam.
O bem é a meta que todos devemos alcançar.
Não te permitas, portanto, perturbar, pelas emoções doentias e viciosas que te consomem, destruindo as tuas mais caras realizações espirituais,.
És responsável pelos teus atos, qual semeador que avança, seara adentro, atirando os grãos que irão germinar com o tempo,
Certamente muitos se perderão, outros, no entanto, produzirão multiplicadamente, ensejando colheita superior ao volume ensementado.
Necessário cuidar do tipo das sementes que serão distribuídas pelas tuas mãos.
Semeia bondade e colherás alegria de viver, nunca revidando mal por mal.
Uma faísca, um raio que atinja um depósito de combustível e logo se apresentará a destruição.
Controla-os, na corrente das tuas reflexões, gerando a disciplina da contenção da sua carga poderosa de energia, canalizando-a para os labores enobrecidos que te exornam a luta, as conquistas já logradas que te honorificam.
A outra face encontra-se coberta por camadas de experiências desastrosas.
Retira esse lixo mental e permite que se apresente irisada de sol espiritual a outra face, para que o amor real seja a marca do teu comportamento em qualquer circunstância ou ocorrência difícil.

sábado, 9 de julho de 2011


Senhor Jesus!

Divino condenado sem culpa!...

Enquanto Te rememoramos o madeiro de ignomínia, lança Tua benção sobre nós, os que nos enfileiramos, junto à rebeldia do Mau Ladrão...

Tu que Te confiaste à extrema renúncia pelos que padeciam na miséria, não Te esqueças daqueles que ainda estendem na Terra o sofrimento e a ignorância, a fome e a nudez!

Muitos, ó Eterno Benfeitor, Te rogarão socorro para os que foram relegados à intempérie, entretanto, nós sabemos que a Tua presença sublime aquece todos os que foram abandonados à noite da provação e, por isso, rogar-Te-emos abrigo para as mãos que erguem templos em Tua memória, esquecendo fora das portas os que soluçam de frio.

Ah! Senhor! quantos Te pedirão pela ovelha estraçalhada, longe do aprisco!... Nós, no entanto, não desconhecemos que o Teu olhar vela, poderoso e vigilante, ao pé de todos os vencidos, convertendo-lhes a dor em pão de Tua graça, nos celeiros da eterna vitória!... Suplicar-Te-emos, assim, abençoes o lobo que se julga triunfante.

Mestre da Cruz, compadece-Te, pois, de todos nós, os que Te buscamos com a oração do arrependimento, crucificados ainda no madeiro de nossa crueldade, algemados ao cárcere de nossos próprios crimes garroteados pelas recordações dolorosas que nos entenebrecem a consciência!

Ampara-nos, Senhor, a nós, os que abusamos da inteligência, os que exploramos as viúvas e os órfãos, os que deliberadamente fugimos ao amor que nos ensinaste!...

Excelso Benfeitor, estende sobre nós Teu olhar compassivo, Tu, Senhor, que, enquanto recebias as manifestações de solidariedade e apesar das mulheres piedosas de Jerusalém, pensavas em como haverias de converter a fraqueza de Pedro em resistência e como haverias de levantar o espírito de Judas, nosso irmão!...

Ó Senhor, compadece-Te, ainda, das cruzes que talhamos, das aflições criadas por nós mesmos e lança do lenho que não merecias, o Teu olhar de perdão sobre as nossas dores, para que sejamos, ainda, hoje como ontem, aliviados por Tuas sublimes palavras: – “Perdoa-lhes, meu Pai, porque efetivamente não sabem o que fazem”.

pelo Espírito Cerinto - Do livro: À Luz da Oração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Aprender com os erros

A perfeição ainda é um estado muito distante da Humanidade.
Todos os habitantes da Terra possuem fissuras morais e cometem equívocos.
Na verdade, errar não é um escândalo, no contexto das Leis Divinas.
Deus não criou as criaturas perfeitas, mas perfectíveis.
Os Espíritos encarnam e reencarnam infinitas vezes para desenvolver as virtudes cujo potencial trazem em seu íntimo.
A fim de que cresçam em vontade, sabedoria e amor, dispõem de livre-arbítrio.
Caso não pudessem fazer opções, seriam simples marionetes.
Como podem optar, é natural que nem sempre sejam felizes em seus atos.
O outro lado desse processo de aprendizado é a responsabilidade.
Ao desenvolver a consciência e a vontade, a influência dos instintos primitivos declina e a liberdade se expande.
A criatura torna-se cada vez mais responsável por seus atos e pensamentos.
Os equívocos são naturais para quem transita da ignorância para a sabedoria.
Apenas é necessário reparar todos os estragos causados.
Justamente por isso constitui sinal de imaturidade recusar-se a admitir os próprios erros.
A humildade constitui pressuposto do aprendizado.
Quem se imagina infalível e superior a todos mantém-se estagnado.
Para entrar em sintonia com a vida, impõe-se atentar para a Lei do progresso.
O Universo todo é dinâmico.
As espécies animais e vegetais aperfeiçoam-se incessantemente.
Mesmo a configuração física da Terra não é estática.
Da mesma forma que as espécies inferiores, o homem possui um papel a desempenhar no concerto da Criação.
Ele está inserido na natureza e deve ser um agente do progresso.
Mas para impulsionar o progresso é necessário estar sempre evoluindo.
Assim, para não trair a missão de sua existência, proponha-se a ser cada vez melhor.
Admita sua imperfeição, mas não se acomode com ela.
Por vezes você erra, mas isso é normal.
Cuide para aprender com seus erros, a fim de não repeti-los inúmeras vezes.
E também assuma as consequências, boas ou más, de seus atos.
Repare todos os estragos que eventualmente causar.
Pague suas dívidas, peça desculpas, recomponha-se perante seus semelhantes.
Sem dúvida é necessário algum esforço para reconhecer um equívoco e retificar o próprio caminho.